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25 de junho de 2018

Unificando Marketing e Conteúdo Técnico

Estratégia de conteúdo

As empresas preparam o material sobre o produto em vários departamentos, cada um voltado para uma fase da venda do produto. A estratégia de conteúdo geralmente funciona da seguinte forma: assim que o produto está pronto para comercialização ou em fase final prepara-se o material de marketing e propaganda, depois um material mais técnico para que o cliente verifique se o produto atende às suas necessidades, e para o pós-venda tem o material de treinamento ou suporte para auxiliar o cliente na utilização do produto. 

Mas será que apresentar o conteúdo técnico elaborado por departamentos diferentes é uma boa solução para a venda. Vamos conhecer uma opção para melhorar a experiência do cliente na escolha e aquisição de um produto.

Como os Clientes Procuram Conteúdo Técnico

A apresentação e entrega do conteúdo técnico sofreu uma grande mudança com a evolução da tecnologia digital. As empresas criavam o seu conteúdo técnico e distribuía em formato de manuais, panfletos e material de marketing, todos na forma impressa.

Com a evolução do conteúdo digital o cliente escolhe o conteúdo que quer receber, não é o produtor de conteúdo que decide qual informação o cliente utiliza. As informações estão disponíveis em mídia na internet. As organizações se vêm sendo forçadas a produzir o conteúdo técnico e disponibilizar o máximo de informação possível antes da venda, porque hoje o cliente em prospecção vai fazer uma pesquisa antes de adquirir o produto. Ele vai procurar por fontes confiáveis de informação e opiniões de outras pessoas.

Como o cliente é quem decide o conteúdo que ele quer obter as empresas passaram a competir pela atenção e não simplesmente pela venda de produtos. Um cliente pode buscar uma especificação técnica para decidir se vai adquirir um produto ao invés do material de marketing, assim como ele pode usar o material de marketing para decidir fazer uma atualização de seu produto. Como consequência a distinção entre conteúdo para marketing e conteúdo técnico ficou confusa.

Mas as empresas continuam a trabalhar de forma a separar os conteúdos de marketing do técnico. O material técnico muitas vezes está em algum local de difícil acesso, em arquivos PDF simples e que requerem que o visitante do site faça um cadastro para poder ter acesso ao material. Isso dificulta o acesso do cliente que tem interesse em adquirir o produto.

Temos que reconhecer que os clientes nos dias de hoje não seguem em uma linha reta para decidir por uma compra. Eles podem utilizar as redes sociais e discussões em fóruns para tomar uma decisão. As empresas não podem controlar o conteúdo fornecido pelas redes sociais. Elas devem estar atentas para a conteúdo não oficial.

Os clientes tendem a confiar na informação oficial, mas também levam em conta ou confiam mais nas recomendações de amigos.

Como as empresas desenvolvem o conteúdo de marketing e o conteúdo técnico de forma separada o cliente pode encontrar inconsistências nas informações e ficar confuso durante uma compra ou mesmo na utilização do produto.

Como as Empresas Podem Melhorar a Experiência do Cliente

As empresas costumam separar a forma de produzir o material de marketing do conteúdo técnico, apesar de que o material de marketing precisa possuir um pouco do conteúdo técnico. Esse material normalmente possui um estilo e um design mais elaborado do que o conteúdo técnico, que na maioria das vezes é fornecido em arquivos PDF com uma formatação simples, bem diferente da apresentação do material de marketing. O melhor nesse caso é procurar elaborar ambos os materiais com uma apresentação similar de forma a melhorar a experiência do cliente.

Naturalmente as informações de visão geral não precisam ser idênticas ao manual de usuário e nem podem ser, mas poderia ter uma aparência similar em termos de estilo. A experiência do usuário na utilização do conteúdo sobre um produto deveria ser parecida tanto na leitura do material de marketing, como no manual de usuário. Poderia se criar um padrão de design a ser utilizado em todos os conteúdos para o produto.

Os termos técnicos precisam ser padronizados. Como os materiais geralmente são elaborados por setores diferentes dentro da empresa, alguns termos técnicos acabam ficando inconsistentes entre o material de marketing e um manual de referência, por exemplo. Nesse caso seria interessante criar um guia de estilos não só para definir padrões de formatação, como também um dicionário dos termos técnicos para que toda a empresa use os mesmos estilos e termos.

A classificação do conteúdo do produto precisa ser padronizada entre todos os departamentos para facilitar a busca e a navegação. Se cada departamento faz uma classificação de conteúdo diferente dificulta a busca e navegação de informações sobre o produto. Quando o cliente faz uma busca no site da empresa sobre um determinado produto, ele não deve encontrar informações diferentes se estiver procurando pelo mesmo termo na área de visão geral do produto ou na área de suporte. O recomendado é que se faça uma classificação única no conteúdo do produto de forma que, em qualquer busca os resultados sejam os mesmos.

A unificação do material de marketing com o conteúdo técnico pode ser uma estratégia que vai melhorar a experiência do usuário, e como consequência as vendas do produto. O cuidado com a elaboração de um conteúdo unificado facilita a utilização em vários departamentos distintos, além de facilitar a busca e navegação das informações. Cada departamento pode utilizar as partes adequadas da informação no formato mais apropriado para marketing, vendas, treinamento e suporte.

Referências:

15 de maio de 2017

7 Dicas de Como Escrever um Manual



Recentemente li um Manual de Escrita Técnica bem interessante que detalha os passos de como escrever um Manual, independentemente do tipo de manual ou de produto. São dicas genéricas que podem ser seguidas para qualquer tipo de Manual. Neste post apresento um resumo dos principais passos mencionados. Você pode acessar o Manual completo ou fazer o download através do link Tech Writing Handbook.

Para escrever um manual existem duas leis básicas, a primeira é que é necessário ter o conhecimento sobre o assunto que o Manual vai abordar, se for um produto, é necessário conhecer o produto, se for um software é necessário utilizar o software, se for instruções para montar ou consertar algum produto é necessário executar a montagem ou conserto, antes de escrever sobre o assunto.

A segunda lei é conversar com os especialistas que desenvolveram o produto ou o software, perguntar, consultar tentar obter o maior número de informações possíveis sobre o assunto que o Manual deve abordar.

Além de obedecer as duas leis básicas podemos seguir alguns passos para que o Manual seja claro, objetivo e fácil de entender.

1. Seja coerente

  • Comece o parágrafo com a informação mais importante.
  • Escreva os fatos, as informações que não forem relevantes não precisam ser incluídas.
  • Escreva sentenças curtas com no máximo 24 palavras.
  • Não utilize palavras vazias por exemplo, no evento de, substitua por se.
  • Utilize voz ativa, elimine o verbo Ser. Elimine seria, deveria ser,  tinha sido.
  • Utilize voz passiva estrategicamente, mas se puder substituir por voz ativa, substitua.
  • Quando der direções comece a frase com o Verbo.

    2. Escreva com Clareza

    • Utilize linguagem simples.
    • Não utilize jargões.
    • Não transforme verbos em substantivos.
    • Utilize as palavras um, uma, o, a, sem problemas. A omissão dessas palavras faz o texto parecer que foi escrito por um robô.
    • Faça testes com pessoas que não conhecem o assunto do Manual. Peça para que elas leiam o conteúdo e verifique se está claro e não existe nenhuma dúvida. Se existir significa que o Manual não está claro.
    • Não use as palavras, bastante, principalmente, um pouco,  parece, espécie de,  bonito.
    • No caso de siglas explique o significado a primeira vez que aparece no texto e coloque a sigla entre parênteses.

      3. Comunique-se com Clareza

      Cada autor tem um estilo de escrita que deve ser seguido do começo ao fim do Manual. O recomendado é que o autor seja espontâneo.

      A utilização da segunda pessoa você ou seu, sua, pode ser utilizado sem problemas. Inclusive o texto fica mais claro. Naturalmente não deve ser utilizado em textos científicos que devem demonstrar imparcialidade.

      Os parágrafos devem ser curtos. A regra de parágrafos com cinco sentenças não é aplicada em escrita técnica. Um parágrafo pode ser iniciado quando se inicia um novo pensamento. Uma recomendação é utilizar os marcadores para dar uma "quebrada" no texto.

      4. Verifique a Audiência

      Para escrever um bom Manual, o ideal é conhecer a audiência que vai utilizar o Manual. Um Manual para cliente não técnico deve ter termos simples e fáceis de entender. Um Manual para uma audiência mais técnica pode utilizar os termos técnicos já conhecidos.

      Dependendo da audiência verifique a possibilidade e necessidade de incluir um glossário em seu Manual.

      5. Fotografe o Processo

      Não devemos somente explicar como fazer, é necessário mostrar como fazer. Utilize outras formas de figuras, além de fotos devemos utilizar outras formas de imagem para explicar como fazer determinado procedimento, portanto utilize gráficos, diagramas,  ilustrações, vídeos.

      6. Organize o Conteúdo

      • Faça um esboço do conteúdo do manual.
      • As pessoas vão ler o Manual para procurar como fazer uma determinada tarefa se for o caso, portanto organize o Manual por tarefas nestas situações.
      • Utilize listas, numeradas ou não.
      • Escreva instruções úteis, e quando possível peça feedback das pessoas que leram o Manual.
      • Se a tarefa for um passo a passo, explique em sentenças curtas com fotos ou diagramas o que deve ser feito na sequência correta.
      • Faça reuso de conteúdo de forma inteligente. Se uma determinada tarefa for um pré-requisito que pode ser reutilizado, descreva o pré-requisito no Guia de Pré-Requisitos, depois somente mencione a página do pré-requisito, quando for necessário utilizá-lo novamente.

        7. Requisitos Legais

        As informações de perigos e riscos de utilização de determinado produto devem aparecer no manual de forma clara e chamativa por exemplo, com ícones, cores, letra em negrito. O texto também deve ser fácil de entender.

        Muitas empresas para se protegerem legalmente iniciam o manual com páginas de recomendações e cuidados.  O manual deve ter as recomendações, mas devemos ser coerentes e manter um bom senso na quantidade e no tipo de recomendação.

        Antes de iniciar a elaboração do Manual verifique se é necessário seguir alguma norma da empresa ou do local.

        A elaboração de um bom Manual não é uma tarefa fácil, requer pesquisa, planejamento, conhecimento do assunto que será abordado, entre outros detalhes como apresentação e distribuição, mas sempre é bom conhecermos algumas dicas que podem ser seguidas durante a elaboração do Manual, para termos um bom resultado junto ao cliente.

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        10 Cuidados ao Utilizar Imagens em Documento Técnico

        10 de abril de 2017

        10 Cuidados ao Utilizar Imagens em Documento Técnico

        A utilização de imagens em documentos técnicos apresenta grandes desafios independentemente do formato de apresentação do documento, seja impresso, em arquivo, em um site, em um celular ou tablet.

        Na grande maioria dos documentos técnicos existem várias imagens para facilitar a compreensão do texto. Uma imagem pode simplificar o entendimento de determinado processo ou mesmo facilitar a localização de algum recurso.

        seleção de imagem


        Neste post vamos listar alguns desafios e cuidados que devemos ter ao utilizar imagens em documento técnico.

        1. Armazenamento dos Arquivos de Imagem

        Quando escrevemos um documento técnico, por exemplo, um manual de usuário de um aplicativo, podemos capturar as imagens das telas e ir “colando” diretamente no documento, sem se preocupar em armazenar estas imagens para edição posterior. Se o aplicativo sofrer alterações podemos capturar a imagem novamente e refazer o processo, por isto às vezes não pensamos em armazenar a imagem em um local separado.

        Mas e se precisarmos da imagem novamente para utilizar em outro documento, ou se precisarmos de partes da imagem para fazer um passo a passo. Este é somente um exemplo que indica a importância de armazenar em um local separado todas as imagens utilizadas no documento.

        2. Utilizar Imagens Vetoriais x Não Vetoriais

        Podemos dividir os tipos de imagens utilizados em documentos técnicos como vetoriais e não vetoriais.

        As imagens vetoriais são compostas por pontos, linhas, formas, polígonos entre outros elementos os quais são baseados em expressões matemáticas. Este tipo de imagem por ser baseada em vetores são mais leve e podem ser ampliadas e reduzidas sem perder a qualidade. Um exemplo de imagem vetorial utilizada em navegadores e recomendada pela W3C é o formato SVG (Scalable Vector Graphics). O formato SVG utiliza a linguagem XML para descrever de forma vetorial desenhos e gráficos.

        As imagens não vetoriais são compostas por pontos diferenciados por sua cor. Podemos citar como imagens não vetoriais mais comuns as imagens com formato JPG, BMP, PNG, GIF entre outras. Estas imagens possuem um tamanho de arquivo maior e perdem a qualidade quando redimensionadas.

        Uma situação comum que acontece em documentos técnicos são as atualizações do produto, processo ou aplicativo. Nestes casos a imagem precisa ser atualizada. É neste momento que vemos a importância de utilizar imagens vetoriais, quando possível. Nem sempre é possível utilizar imagens vetoriais como, por exemplo, em manuais de software. Nestes casos as imagens são capturas das telas do aplicativo, que são gravadas em formato não vetorial.

        Para as imagens não vetoriais a substituição é o mais comum, às vezes é possível alterar a imagem dependendo das modificações do aplicativo, mas redimensionamento da imagem pode ser um problema, já que a cada vez que redimensionamos a imagem, ela perde a qualidade, principalmente o formato JPG.

        Para as imagens vetoriais podemos fazer as alterações necessárias diretamente na imagem e gerar a imagem final alterada em diversos formatos e dimensões, sem a perda da qualidade da imagem.

        Portanto um cuidado que podemos ter é utilizar, quando possível, imagem vetorial e a partir destas imagens gerar o não vetorial para os diversos tipos de publicações.

        3. Imagens Utilizadas como Referência

        Em alguns tipos de plataformas onde são apresentados os documentos técnicos, como navegadores que utilizam HTML ou documentos desenvolvidos com DITA, não permitem a inserção direta da imagem e sim uma referência do local onde está a imagem.

        Neste formato de documentação é necessário ter muito cuidado para controlar o local das imagens. As atualizações das imagens não são feitas no documento e sim diretamente no arquivo da imagem, por este motivo o controle da localização da imagem é muito importante para evitar problemas como exibir a imagem correta, ou não exibir nenhuma imagem, porque o arquivo foi retirado ou alterado de sua localização original.

        4. Publicação das Imagens

        Cada plataforma de publicação de documento com imagens pode aceitar somente alguns formatos específicos de imagem, por exemplo, o formato SVG é relativamente novo e, por exemplo, no caso do Internet Explorer funciona somente a partir de versão 9. Se você precisa publicar em plataformas mais antigas ou mesmo plataformas que não aceitam este formato, é necessário converter a imagem em outros formatos como, por exemplo, JPG ou PNG.

        Portanto é sempre bom ter a mesma imagem em vários formatos para o caso de publicar o documento em diferentes plataformas.

        5. Reuso da Mesma Imagem

        Utilizar a mesma imagem para explicar situações diferentes é tentador, mas o usuário pode ficar confuso se a imagem possuir muitos detalhes que não são relevantes ao contexto em questão. Mesmo que existam setas ou outras indicações o usuário pode não entender. Nestes casos o melhor é cortar a imagem e exibir somente a parte relevante ao assunto. Os usuários estão mais propensos a perdoar um detalhe irrelevante que está faltando, do que visualizar muitos detalhes que não existem em sua aplicação e causar dúvidas na utilização.

        6. Controle de Versão de Imagem

        Em um documento técnico que possui controle de versão, as imagens existentes no documento não são controladas da mesma forma como o texto, portanto não dá para saber qual a versão de imagem está no documento.

        Para controlar a versão da imagem pode-se utilizar um aplicativo de controle de versão normal, mas as imagens vão ter que ter o seu próprio controle de versão, independente do documento. No caso de imagens de manual de usuário possuir as várias versões das imagens pode ser útil para identificar as diferentes versões do aplicativo e possível evolução do mesmo.

        7. Tamanho da Imagem

        O tamanho e resolução da imagem são importantes tanto no documento como no ambiente de publicação. Quando estamos trabalhando com a ferramenta de criação e edição de imagem não existe uma preocupação com o tamanho final da imagem, porque queremos obter uma imagem com a melhor resolução possível, mas dependendo do documento e de onde o documento vai ser publicado torna-se necessário tomar alguns cuidados.

        Por exemplo, inserir documentos com alta resolução e com o tamanho do arquivo muito grande em documentos Word, pode ser um problema. Primeiro o arquivo Word final vai ficar com um tamanho muito grande dificultando o manuseio do arquivo e armazenamento, sem falar na dificuldade de enviar o arquivo para revisão em outros departamentos.

        Se a publicação final for um documento impresso em impressora comum, não é necessário que as imagens sejam em alta resolução, porque a impressora não vai reproduzir toda a resolução. Se for um documento PDF o tamanho da imagem também é importante para não termos um arquivo muito grande.

        Se a publicação for feita na internet, temos o problema de velocidade e quantia de bytes necessários para fazer o download e exibir a imagem, portanto neste caso também não é necessário termos figuras com uma resolução muito alta.

        De uma forma geral após a elaboração da imagem é necessário verificar onde vai ser publicada para decidir o tamanho e resolução finais da imagem.

        8. Atualização de Imagens

        A atualização de imagens podem seguir dois processos diferentes, dependendo de como foi utilizada no documento. No caso da imagem estar inserida diretamente no documento a atualização de imagem é bem trabalhoso, porque é necessário alterar cada imagem no documento.

        No caso de documentos que possuem a referência da imagem pode ser um pouco menos trabalhoso, porque precisamos alterar a imagem somente no local físico. Como o documento possui uma referência, ele acaba sempre exibindo a imagem mais atualizada, se existir um processo bem definido de atualização destas imagens.

        9. Controle de Qualidade das Imagens no Documento 

        O controle de qualidade das imagens no documento é muito importante para garantir a qualidade final, por isto sempre verifique todas as imagens inseridas no documento, e em todas as plataformas de publicação. Às vezes algum formato não exibe corretamente em determinada plataforma, ou pior no caso de inserirmos somente a referência da imagem, é importante verificar a exibição da imagem, se ficou com uma boa qualidade e se a referência está correta.

        10. Tradução de Texto em Imagens

        Um problema comum em documentos é a utilização do documento em várias línguas. Neste caso o documento deve passar pelo processo de tradução, mas e as imagens como ficam?

        Se a imagem possui texto no caso de um documento que deve ser feito em várias línguas, gera um problema, porque é necessário fazer a tradução do texto das imagens e depois alterar a imagem para inserir o texto. Neste caso podemos ter uma imagem para cada língua do documento.

        Uma forma de minimizar este problema é procurar trabalhar com imagens com pouco ou sem texto se possível, ou se for necessário indicar alguma informação textual, podemos indicar a informação com números e criar uma tabela que referencia o número com o texto.

        Para elaborar um documento técnico dependendo da aplicação, além do conteúdo em termos de texto é necessário fazer um bom planejamento sobre o a criação e gerenciamento das imagens, porque as imagens são parte importante do bom resultado da usabilidade do documento.

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        Referência:


        3 de março de 2017

        10 Dicas de Como Preparar um Arquivo Word para o Kindle

        Leitor Digital Kindle


        A maioria das pessoas que desejam publicar um livro utiliza como editor de texto o Microsoft Word. Neste post vou descrever algumas dicas de como preparar um documento Word para publicar no formato Kindle.

        Um erro que as pessoas cometem é pensar que a forma de visualização do livro no Word vai ser a mesma no Kindle. Infelizmente não, o livro no Word deve seguir algumas regras para que a apresentação no Kindle fique bem feita.

        Se você já está com o livro escrito vale a pena rever a formatação. Se está começando a escrever agora, é bom já aplicar as seguintes dicas de formatação.

        1. Não inserir indentação

        Evite inserir indentação no início dos parágrafos ou antes de figuras como ícone. O parágrafo deve iniciar sem espaço ou tabulação na primeira linha. Caso deseje inserir a indentação utilize no máximo um valor de 0.5".

        2. Não inserir espaços entre parágrafos

        Evite inserir espaço entre parágrafos, utilizando o "Enter" do teclado. Ao invés disto utilize a propriedade de dar espaços entre parágrafos como por exemplo, configurar com 10pt "após" o parágrafo.

        3. Inserir quebra de página entre capítulos

        Insira quebra de páginas entre capítulos, desta forma o Kindle não vai exibir um capítulo novo na mesma página.

        4. Evitar copiar imagens no Word

        Evite copiar imagens diretamente no documento Word. Utilize o menu de inserir imagem no formato JPEG (.jpg) e faça o alinhamento centralizado da figura.

        5. Não utilizar cabeçalhos e rodapé

        Não utilize cabeçalhos e rodapés. O texto não será exibido corretamente no Kindle.

        6. Inserir título no nome do capítulo

        O Kindle facilita a navegação entre capítulos que possuem a formatação de Título no nome do capítulo.

        7. Não utilizar fontes diferentes no texto

        Não utilize tamanho de fonte diferenciada para dar ênfase no texto. O Kindle permite redimensionamento de fontes durante a leitura, modificando desta forma a apresentação do texto que está com fonte diferenciada.

        8. Inserir página de capa e de direitos autorais

        Antes do primeiro capítulo e depois da capa, o livro deve ter uma página de título juntamente com o nome do autor e uma página de direitos autorais. Pode ter também uma página de dedicação e uma página de prefácio ou prólogo. Cada uma destas páginas deve conter o texto centralizado e separadas por uma quebra de página. Por exemplo, para a página de título coloque o título centralizado e na próxima linha o nome do autor também centralizado, em seguida insira uma quebra de página para separar da página seguinte, que seria a página de direitos autorais, e assim sucessivamente até a página de prefácio ou prólogo se existir.

        9. Inserir um índice

        Para facilitar a navegação no Kindle o livro deve possuir um Índice. O Índice criado no Word é reconhecido pelo Kindle. Somente a numeração de página não é reconhecida, porque os dispositivos podem mudar o número da página de acordo com seu tamanho. Mas os capítulos que possuem um título e estão no índice podem ser facilmente localizados no Kindle.

        10. Inserir marcador no título do índice

        O Kindle tem a capacidade de fazer a navegação utilizando o menu "Go To" que permite ir para o Índice. Para habilitar esta funcionalidade selecione o titulo do índice e defina como um "Marcador" no Word com o nome "toc".

        Conclusão

        Estas são apenas algumas dicas de preparação do arquivo Word para converter em formato Kindle. Além destas dicas existem mais algumas etapas que devem ser seguidas antes de publicar o livro, como a preparação da capa, dos arquivos de imagens caso o livro possua imagens e algumas outras definições de publicação e comercialização que estão detalhadas no guia da Amazon Building your book for kindle (Preparando o seu Livro para Kindle).

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        9 de fevereiro de 2017

        Como Converter Arquivo Word em eBook


        Existem várias ferramentas na internet que fazem a conversão de um documento Word DOCX em eBooks para diversas plataformas como Kindle, iPad, iPhone e vários outros dispositivos.

        Nesse post vou explicar como converter um documento Word DOCX em formato de eBooks, que podem ser visualizados nos dispositivos Kindle, iPad, iPhone ou qualquer outro dispositivo que faça a leitura do formato EPUB, que significa "Electronic Publication" (Publicação Eletrônica). Este tipo de arquivo é um formato livre e aberto, utilizado pela maioria dos dispositivos para leitura de livros.

        Vou usar duas opções de aplicativos para mostrar como fazer a conversão de um arquivo Word para eBook, o primeiro é o Calibre que é um aplicativo Open Source e o Documentos Google.

        Converter o Arquivo Usando o Calibre

        Para fazer a conversão vou utilizar um software open source chamado Calibre que é um aplicativo de gerenciamento de biblioteca de eBooks. Além de converter vários formatos de arquivos em eBooks, a ferramenta executa também gerenciamento da biblioteca, faz sincronização de eBooks com os dispositivos de leitura, serve como editor de eBook para a maioria dos formatos, entre outras funções.

        Para fazer o download do Calibre acesse o site https://calibre-ebook.com/. A instalação é bem simples, é só seguir o assistente de instalação.

        Para iniciar a conversão de um documento Word DOCX para o formato EPUB abra o aplicativo Calibre, inclua o arquivo Word  à biblioteca selecionando o botão "Adicionar Livros".

        Adicionar Livros

        Converter em Formato EPUB

        Para converter no formato EPUB selecione o arquivo Word incluído no Calibre e selecione o botão "Converter Livros".

        Converter livro

        A Tela de Conversão exibida na Figura abaixo mostra como selecionar o formato do livro. Neste caso selecione o formato desejado na caixa de seleção "Formato de Saída". 


        Na lista de formatos temos várias opções entre elas o formato AZW3 e MOBI. Esses dois formatos até agora são os utilizados pelo leitor Kindle da Amazon. A partir de meados de 2022, o Kindle não aceitará mais arquivos no formato AZW e MOBI, portanto quando fizer a conversão de seu documento escolha o formato EPUB.

        O Calibre permite gerar o arquivo nesse formato, que também pode ser utilizado além do Kindle em vários outros dispositivos como Nook, Kobo, Sony.

        Nesta tela além do formato de saída é possível selecionar várias opções de configuração do livro que estão separados em seções; como inserir a capa do livro, especificar título, nome do autor. Cada seção possui outras opções de configuração que estão detalhadas no manual do Calibre, cuja versão em português encontra-se no link Manual do Usuário do Calibre.

        Após fazer a configuração dos itens desejados para o formato do livro, selecione o botão "Ok", para o Calibre executar a conversão.

        Visualizar o eBook

        Com o arquivo convertido podemos visualizar o livro no aplicativo, antes mesmo de colocar em um dispositivo de leitura. Este recurso permite visualizar como o livro vai ser apresentado no leitor. Para visualizar o livro selecione o arquivo do livro e clique no botão "Visualizar".

        Visualizar Livro

        A tela do Visualizador de eBooks simula um leitor digital e possui as funções de impressão, altera o tamanho do fonte, exibe em tela cheia, navega pelas páginas, possui marcador, exibe as informações do livro, grava o livro em formato PDF e executa várias outras funções.

        Editar o eBook

        Caso a apresentação não esteja adequada é possível editar  e fazer ajustes no arquivo convertido diretamente no Calibre, usando a linguagem HTML. Para editar o livro selecione o arquivo do livro e clique no botão "Editar Livro".


        Na tela de edição de livro você pode visualizar lado a lado o código fonte do eBook em HTML e o eBook. Com esta funcionalidade é possível fazer a edição da apresentação do eBook e visualizar simultaneamente as alterações implementadas.

        Tela do Editor de Livro

        Além de conversão o aplicativo Calibre possui algumas funções interessantes como Obter Livros, que exibe uma relação de sites onde podem ser adquiridos livros pagos e gratuitos e Obter Notícias que permite selecionar agências de notícias que entregam as notícias em várias línguas.

        Converter o Arquivo Usando o Documentos Google

        O Documentos Google faz a conversão de arquivos somente para o formato EPUB. Para converter o seu arquivo em eBook abra o arquivo no Documentos Google e clique no menu Arquivo > Fazer download > Publicação EPUB (.epub).



        Com o arquivo do livro pronto após usar o Calibre ou Documentos do Google, como ferramenta de conversão de um arquivo Word para eBook, você pode agora copiar para o seu dispositivo preferido e iniciar a leitura, ou até mesmo distribuir o seu livro.

        Leia a seguir